segunda-feira, 29 de junho de 2015







Parece que lá fora é mais noite do que cá dentro.
Não que aqui também não seja,
que tolice tal insinuação.
Mas é que noite tem combinação com o vento e céu de escuridão.
E silêncio.
Silêncio também é coisa de combinar bem com a noite.
É quando as falas adormecem,
permitindo a canção sussurrada dos seus habitantes invisíveis,
do lado de fora. Aqui dentro a intensidade noturna destoa.
O que se vê são as luzes artificiais ferindo de claridade os olhos e as vozes confusas saindo da televisão,
dizendo coisas artificiais a ninguém.
Que o que se quer, somente,
É parir indizível poesia a dizer que a noite irremediavelmente acontece para que,
cá dentro ou lá fora, perca-se de tanto sonhar, o sujeito.



sexta-feira, 19 de junho de 2015

                        


Se eu não puder te esquecer





♥ 
Se eu não puder te esquecer, 
mando dizer numa flor.
Mando uma estrela avisar
que o velho amor acordou.
 
Se não puder me esquecer,
basta dizer por aí.
Quando você sussurrar,
meu coração vai ouvir.
Esquecer é difícil demais,
ninguém é capaz.
Se amou um pouquinho,
esquecer você, nem pensar.
E quando eu tentar... Que eu morra sozinho.

quinta-feira, 11 de junho de 2015


Desejos

No silêncio do meu quarto
Tudo fica tão triste
Me sinto tão sozinha
Mas sei que você existe
Não são pensamentos fúteis
É a mais sincera verdade
Queria tanto te ter nos meus braços
E matar a minha vontade
Beijar a sua boca
Te amar loucamente
Te envolver em meus carinhos
Te querer eternamente
E desse beijo sentir o gosto
Gosto úmido do querer
Esses lábios que me beijam
E me faz enlouquecer
O meu corpo quer o seu
O meu amor quero te dar
Te matar só de desejos
Não me deixe a esperar




autor: Celi Luzzi

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Legião Urbana - Tempo Perdido 
Legião Urbana

Todos os dias quando acordo,

Não tenho mais o tempo que passou

Mas tenho muito tempo

Temos todo o tempo do mundo.

Todos os dias antes de dormir,

Lembro e esqueço como foi o dia

"Sempre em frente,

Não temos tempo a perder".

Nosso suor sagrado

É bem mais belo que esse sangue amargo

E tão sério

E selvagem.

Veja o sol dessa manhã tão cinza

A tempestade que chega é da cor dos teus

Olhos castanhos

Então me abraça forte

E diz mais uma vez
Que já estamos distantes de tudo
Temos nosso próprio tempo.

Não tenho medo do escuro,

Mas deixe as luzes acesas agora,

O que foi escondido é o que se escondeu,

E o que foi prometido,

Ninguém prometeu.

Nem foi tempo perdido;


Somos tão jovens.