quinta-feira, 29 de outubro de 2015


                         
                           Amigo Irmão


De repente, um vazio em meu coração,
O dia apesar de sol causticante, sinto um certo frio,
Um constante arrepio na pele.
Gradativamente, o dia torna-se árido, as
Lembranças de ti, o torna sem brilho, vazio.
Assim, amigo irmão, o que tenho para hoje.
Saudades sem fim.

Melancolia, um silêncio avassalador n’alma
As vezes, me pego rindo com certas memórias
Inusitadas de tuas molecagens.
Ah! Meu amigo irmão! Saber que estais bem é o que me consola.

Afinal, estais aí no céu.
Gargalhadas deves estais dando;
Os anjos com tuas histórias
Relatadas, devem estar músicas compondo;
Aqui, tua cortina se fecha. Aí estais estrelando.

Amigo irmão,
Mais uma lágrima caiu; sei, prometi não chorar.
Impossível honrar tal promessa.  
Grande guerreiro; amigo agora das estrelas.
Olhos lacrimejados e saudades é o que me resta.

Agora sei que és meu anjo amigo.
Nessa Terra, vou seguindo os meus dias. Porém, de ti
Jamais esquecerei. Quando nos veremos?
Oh! Amigo irmão, agora anjo. Eu não sei.

Poesia de: Socorro Cruz da Hora Lima
Para meu saudoso amigo irmão Douglas Maia

quinta-feira, 22 de outubro de 2015



Arapiraca mãe gentil



Arapiraca, cujo amanhecer é Deus poetizando,
teu anoitecer, poesia dos anjos aos nossos ouvidos soprando.
És árvore frondosa, onde cada pássaro assovia seu canto.
És agora uma jovem senhorinha, a saltitar de felicidade.
Te vi crescer, como tantos outros que em ti habitam,
neste chão fértil, onde crianças brincavam e brincam sobre ti,
Ó majestosa terra agrestina,
no céu azul, onde aparecem as andorinhas,
tens um povo pleno e de muita fé.
Cálidos, cantam Ave Maria.

Arapiraca, teu maior tesouro é o teu povo,
que na batalha não foge à luta.
Cidade de Nossa Senhora do Bom Conselho
e das esperanças do teu povo altaneiro.
Onde o progresso vem galopante.
És mãe generosa, que alimenta e mata a sede
dos que saem do teu ventre, e dos que a ti vieram
trazendo suas malas e nelas sonhos
e o desejo de não mais ser errante.

Terra que a cada dia se agiganta,
teu patrono não mais a reconheceria.
O ouro verde que te fez crescer outrora,
hoje já não é teu recurso maior.
Outro tesouro em ti flora,
Estais localizada no centro do Estado,
como se fosse um capricho divino.
Cidade linda e amada, que adotei
desde que cheguei aqui pequenino.

De:Socorro Cruz da Hora Lima “ Soschlima”

sexta-feira, 16 de outubro de 2015



Procuro-te
Procuro-te, ternura súbita,
nos olhos de quem ainda está por nascer.
Uma esperança do tamanho do mundo;
o ar preso, a respiração é doce e sutil;
solto o ar, sai um grito aflito,
que ninguém ouviu.

Oh! Ser, que só em meus devaneios
tens a forma ideal para meus desejos.
Procuro-te, como fruto que matará minha fome;
chamo por ti, e o teu nome me ilumina;
criei um cenário perfeito, as coisas mais simples;
a água; o pão e a chuva no chão;
a cama e a mesa; os pássaros;

o cão; um cheiro das flores de maio;
vã ilusão.

Um tempo e um instante, não são as mesmas coisas
quando te procuro de rosto cravado na luz.
Eu sei que não há diferença;
mas não quando se ama;
não quando o desejo é bem maior
do que a realidade manda.
Quimeras são bem mais tocáveis,
quando a loucura é quem comanda.

Porém, eu procuro-te, ó ser dos meus sonhos!
Antes que te tornes real;
nas ruas; nos barcos; na cama.
Com amor; com ódio.

Ao sol; na chuva.
De noite; de dia.

Triste; alegre.
Procuro-te.

De: Socorro Cruz da Hora Lima “ Soschlima”